A Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) instalou durante a semana cinco placas informativas proibindo a construção de moradias em área de preservação ambiental no Conjunto Paulo VI, na região Nordeste, devido ao alto risco de deslizamento existente no local.
Desde dezembro do ano passado a Urbel realizou a remoção definitiva de 26 famílias da área. As pessoas retiradas moram atualmente em novos imóveis alugados por meio do programa Bolsa Moradia até serem definitivamente reassentadas em unidade habitacional construída pela Prefeitura.
A ação da Urbel foi acompanhada por voluntários do Núcleo de Defesa Civil (Nudec) da comunidade. Para chamar a atenção, as placas foram colocadas em lugares de maior visibilidade, onde antes ficavam as moradias que foram desocupadas e demolidas pela Regional Nordeste. “É um meio de informar que não pode mais se construir aqui. É uma área suscetível a problemas geológicos, inadequada para a habitação, que vamos monitorar constantemente no período das chuvas”, informou o chefe de Divisão Operacional Leste da Urbel, engenheiro Marcelo Camargos.
Um dos sonhos do líder comunitário e também voluntário do Nudec do Conjunto Paulo VI, João Batista Coleta, é de que o terreno seja todo desocupado, cercado e vigiado até a implantação de um parque ecológico. “Não queremos ver ninguém sofrendo na nossa comunidade. Queremos ver todos morando sem risco e com dignidade. O aproveitamento correto desta área de preservação vai trazer mais cidadania para o nosso bairro”, comentou João Batista.
Para a geóloga Isabel Volponi, diretora de Área de Risco da Urbel, é muito importante a instalação das placas. Porém, ela assinalou que a realidade exige várias outras ações paralelas. ”É preciso avançar nas ações integradas de fiscalização e de controle urbano nas Zonas de Especial Interesse Social (Zeis). Estabelecer parcerias com as comunidades, por meio do envolvimento da rede de vizinhos e dos voluntários dos Nudec, também é fundamental para evitar as reocupações que trazem risco de vida para as pessoas e prejuízos para a cidade”, disse.
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