quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Parque Professor Guilherme Lage, o pulmão da região Nordeste



pglCercada pelas casas da região Nordeste e bem às margens do Anel Rodoviário, uma das rodovias mais carregadas de tráfego em Belo Horizonte, o Parque Professor Guilherme Lage é uma imensa área verde preservada na capital. Em uma região altamente adensada, com cerca de 120 mil m² e administrada pela Fundação de Parques Municipais, o parque concentra diversas nascentes e duas lagoas, sendo uma natural e outra artificial. O nome do parque foi dado em homenagem ao mestre que já foi secretário estadual de Educação, indo de encontro aos feitos realizados por ele.

 

 

O Parque Municipal Professor Guilherme Lage foi implantado em 1982 no antigo viveiro da Prefeitura de Belo Horizonte. A vegetação é bastante significativa e foi quase toda plantada quando o parque funcionava como Horto Municipal. Com o intuito de enriquecer a variedade vegetal e a recuperação de áreas degradadas em todos os parques da capital, o viveiro funcionou no local até 1991, quando foi transferido para Parque Jacques Cousteau. O viveiro de plantas tem como objetivo principal a produção de mudas das espécies vegetais nativas, a partir de sementes colhidas no próprio parque, visando o enriquecimento vegetal e a recuperação de áreas degradadas em todas as unidades da Fundação de Parques Municipais.

Devido a esse trabalho, realizado pela Prefeitura, o local é hoje uma área com diversidade ambiental de relevância no município. Existem cerca de 1.700 espécimes de mais de 150 tipos de plantas. Entre elas estão acácias, sapucaias, pau-ferro, ipês, quaresmeiras, palmeiras, ciprestes, mangueiras, jatobás, barrigudas e pau-brasil. A fauna é composta por aves, anfíbios e répteis, podendo ser observados sabiás, bem-te-vis, micos-estrela e gambás.

Espaço de lazer e cultura na região, o parque abriga em sua estrutura quadras poliesportivas, playground, equipamentos para exercícios físicos, mesas de jogos, campo de futebol, pista de skate, trilha para caminhada e recantos para contemplação.
 
Diversão radical

Em meio às arvores do parque está instalada a pista para a prática de esportes com patins, skate e bicicleta. Segundo os frequentadores, os fins de semana são os dias com maior fluxo de pessoas, mas mesmo durante a semana o local recebe esportistas. O estudante Alan Coelho, de 23 anos, é usuário assíduo do espaço, e vai, em média, três vezes por semana ao local. “Prefiro vir às terças, quintas e sextas, quando a pista está mais vazia e é possível fazer as manobras com mais facilidade”, disse. Mas não é só a pista que o atrai até o parque.

“Venho pela pista, mas também pelo ambiente, que é fantástico”, completa.

Uma das atrações de maior audiência do parque, a pista para a prática de esportes é opção para os moradores da região. Gabriel Otávio, de 17 anos, que trabalha em um lava jato do bairro, quase todos os dias se exercita com seus patins. “No bairro, é um dos poucos lugares com uma pista como esta. Já realizamos um campeonato amador e fiquei em quarto lugar”, contou. Mas o desejo de realizar outro evento do tipo é latente, assim como o desejo de vencer. “O próximo, com certeza, ganharei”, espera.
 
Academia a céu aberto

Carlos do Vale Rosa, de 69 anos, é um dos usuários mais assíduos da Academia a Céu Aberto instalada no parque. Começou a caminhar por orientação médica, mas, no entanto, os exercícios físicos não se resumem mais a caminhar. “Vim um dia, gostei e passei a frequentar diariamente. De lá pra cá já tem 9 meses. Agora também faço exercícios para fortalecer a musculatura dos braços e das pernas nestes aparelhos aqui”, conta o aposentado, apontando para um dos equipamentos da academia.

Os equipamentos foram instalados pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer em diversos espaços da cidade e o parque foi um dos que ganhou esses instrumentos importantes para a prática da atividade física. A partir do próximo ano está em estudo a utilização de profissionais do esporte que fiquem à disposição da população no acompanhamento das atividades físicas. O aposentado mora no bairro Santa Cruz e conta que o lugar é apropriado para a prática de atividades físicas. “Aqui tem um conjunto de coisas que nos faz sentir bem. Depois que comecei a vir aqui minha saúde até melhorou”, afirmou. Ele tem o costume de manter atividades regulares de 40 minutos, com uma série que atinge aproximadamente 900 exercícios.

A beleza do lugar, aliada a um momento de prazer pode proporcionar situações inusitadas. Separado da esposa, Carlos disse que o parque é bom lugar para novos relacionamentos. “Já me interessei por uma colega aqui da academia, mas não foi pra frente. Até hoje ela não soube, não contei”, revela.
 
Educação Ambiental

O Parque Professor Guilherme Lage receberá no dia 9 de novembro o Avistavis, projeto realizado pela ONG Ecoaves que promove orientação sobre hábitos, características e técnicas de identificação de aves. O evento é realizado uma vez por mês em diversos parques da cidade e começa sempre às 7h. É recomendado que os interessados usem roupas de tons neutros e portem binóculos e/ou câmeras fotográficas, para facilitar a observação. A entrada é gratuita e aberta a qualquer pessoa.

Já a Secretaria Municipal de Meio Ambiente oferece aos interessados visitas orientadas, quando são apresentados trabalhos de relevância socioambiental, cujos esclarecimentos e orientações são ministrados por profissionais dos próprios locais visitados. Para o deslocamento, os usuários utilizam o Expresso Ambiental, um ônibus equipado com TV, vídeo e som. São disponibilizadas 40 vagas para cada evento. Para mais informações sobre como se inscrever, os interessados devem acessar o site da Prefeitura de Belo Horizonte, pelo endereço www.pbh.gov.br.

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