Em evento realizado na última terça-feira, dia 22, no auditório da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte, foi entregue o Plano Global Específico (PGE) do Conjunto Minas Caixa B, na região de Venda Nova; Vila Fazendinha, na Centro-Sul; e Vila Tiradentes, na Nordeste.
O PGE é uma ferramenta de planejamento que estuda com profundidade a realidade de cada vila, apontando os problemas locais e as soluções, bem como a estimativa de custos das intervenções necessárias. A diretora de Planejamento da Urbel, Maria Cristina Fonseca Magalhães, resumiu a importância do evento em duas palavras: desafio e esperança. “Desafio, de transformar os planos em realidade. E esperança, de transformar nossa cidade num espaço igual para todos.”
Falando em nome das comunidades beneficiadas, a líder comunitária da Vila Tiradentes, Edvalda de Souza Modesto, enalteceu os cerca de 60 moradores presentes – a maioria deles integrantes de Grupos e Referência. “Apesar da longa espera, vocês nunca perderam a esperança. O desafio agora é fazer o PGE sair do papel e virar realidade nas nossas vidas, levar dignidade às nossas vilas. Na reunião da Gestão Compartilhada na Regional Nordeste pedi ao prefeito que tenha esta vontade política. Hoje estamos felizes, porque fomos persistentes e nosso sonho continua”, disse.
Para a militante social e ex-presidente da Associação Comunitária do Minas Caixa B, Maria Cristina Pinheiro Silva, o PGE é uma janela que abriu para sua comunidade. “Facilita a chegada das obras que precisamos, principalmente a urbanização das vilas em torno do conjunto”, explicou. Nascida no local há 41 anos, Cristina disse que quase todas as melhorias na comunidade foram conquistadas no Orçamento Participativo, inclusive a elaboração do PGE.
A secretária de Administração Regional Leste, Rita Margareth, pontuou que os PGE entregues são fruto da política pública habitacional construída ao longo de vários governos e com participação popular. Por sua vez, a também secretária de Administração de Venda Nova, Flávia Mourão, ressaltou que os um dia os gestores vão embora, mas o PGE fica. “É um instrumento que, através dele, vocês moradores vão garantir a implantação das melhorias em suas comunidades”, completou. Também compareceu ao evento o secretário de Administração da Regional Nordeste, Jorge Espeschit. Ao final, as técnicas da Urbel, Monica Alvarez e Vera Cristina Souza Lima, fizeram uma breve apresentação dos resultados dos Planos Globais.
O custo estimado das intervenções urbanísticas, ambientais e de regularização fundiária, previstas nos Planos Globais Específicos das do Conjunto Minas Caixa B e Vilas Tiradentes e Fazendinha, é de R$ 62,3 milhões. Os estudos incluem diversas melhorias como reestruturação viária para facilitar acesso e mobilidade, saneamento, erradicação de risco de deslizamento, implantação de equipamentos públicos e áreas de lazer, regularização fundiária dos assentamentos.
O contingente populacional das três comunidades é de aproximadamente 9.400 pessoas. Para a realização das melhorias propostas em todos os PGE prevê-se a retirada de 429 moradias e a construção de 403 novas moradias, nos próprios assentamentos, para o reassentamento das famílias removidas.
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